segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Diálogo na balcão de informações

- Boa tarde!
- Boa tarde! - Responde a atendente, que já se mostrou um pouco incomodada pela interrupção de sua conversa com a amiga do lado.
- Você pode, por favor, conferir se anotei o número correto aqui do balcão de informações: 3236-7400.
- O telefone é esse mesmo e ele não está com problema algum.
- Porém, hoje pela manhã tentei falar nesse número pelo menos quatro vezes, em horários diferentes, e sempre deu ocupado.
- Mas, está tudo certo com o telefone.
Na frente da atendente o cliente saca o celular e faz o teste:
- Está vendo: ocupado.
Nesse mesmo momento o cliente percebe que o telefone do balcão de informações está fora do gancho. O olhar da atendete demonstra que o cliente viu a posição do fone.
- Você tem que compreender que o telefone aqui tem que ficar fora do gancho mesmo. Tenho que priorizar o atendimento aqui do balcão, como estou fazendo agora, e não ficar atendendo telefone. É uma questão de prioridade.
O cliente olha para os lados e percebe que está sozinho em todo o ambiente de atendimento. Claro! Há também a amiga da atendente, que aguarda ansiosa para continuar sua conversa com a amiga.
- Compreendo sim qual a qualidade de seu atendimento. Inclusive compreendo que para ser priorizado aqui, devo sair de onde estiver e vir ao balcão de informações. Agora me pergunto: "Para quê divulgar o telefone do balcão de informações no site de vocês?"

Essa situação ocorreu mesmo, como tudo que conto aqui no Foi Assim. Foi no balcão de informações do Palácio das Artes, quando fui à bilheteria para saber se já estavam à venda os ingressos de um show, pois não conseguia a informação pelo telefone deles.

O ser humano é assim mesmo: quando se sente na berlinda, por saber que está errado, parte para o ataque para se defender. Só que no setor de serviço isso não funciona. Já fui muito bem atendido em situações quando a empresa assumiu que errou e que está providenciando a melhoria no processo. Inclusive isso me deixa mais tranquilo. O "não" também faz parte de um bom atendimento.

Faça um teste você também: ligue para o balcão de informações do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e me fale se conseguiu ser atendido e, se sim, como foi o atendimento: (31) 3236-7400.

2 comentários:

  1. Hahahahaha! Liguei e está ocupado! Adorei, Marco. Muito bom esse espaço. Sabe o que percebo que acontece? As pessoas têm vergonha de reclamar. Quando você reclama, acham que você está criando caso à toa. E, assim, fica tudo no seu lugar (errado). Beijos, saudades.

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  2. Elena, saudade de você também. Que bom que gostou do "Foi assim". E, quando vier por aqui, sinta-se a vontade para fazer seus comentários. Concordo plenamente com você: temos que falar para todo mundo como anda o atendimento por ai, seja negativa ou positivamente.

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