domingo, 15 de novembro de 2009

Garçom: um pouco de noção aqui para a nossa mesa, por favor!

Foi impressionante o tratamento que tivemos (eu e uns amigos) numa mesa do Tapas (Cidade Jardim, Belo Horizonte), faz mais ou menos umas duas semanas. http://www.guiabh.com.br/gastronomia/detalhe.asp?estab=175

O ambiente do local é até bacana, mas, se não há uma estrutura muito boa de atendimento, a situação complica. Com o objetivo de reduzir o número de braços para cima e as torções de pescoço dos clientes a procura de um garçom, eles possuem um sistema que consiste num dispositivo remoto instalado em cada mesa. Basta acionar o botão para chamar o atendimento. Já falei aqui em outro post que a tecnologia pode ser uma aliada da prestação de serviços, quando bem usada. Nesse caso, não funcionou dessa forma. Lá no Tapas prefiro chamar pelo garçom da maneira tradicional. Acredito que serei atendido com mais eficiência. Se eu voltar lá algum dia, claro.

Mas, a falta de noção para ao atendimento não pára na ineficiência do sistema de chamada de garçons. Chega à falta de qualificação do profissional que nos atendeu. Aqui cabe uma diferenciação de conceitos: atendimento de qualidade de um garçom não tem nada a ver com a capacidade desse profissional de ser “gracista”, como diria um amigo meu. Conforme o dicionário desse meu amigo, “gracista” é aquela pessoa que adora fazer graça.

Cada vez que o garçom chegava em nossa mesa para oferecer uma fatia de pizza (lá tem o serviço de rodízio), avisava para uma moça que estava entre nós: “Pode ficar tranquila que a essa é super light”. Estava claro que ele queria agradar e ser simpático para ela. Só que ele deixou de perceber o restante da mesa. Imaginem a cara de um dos integrantes da mesa que possui um peso acima da média. Quando o garçom se afastava da mesa eram tantos impropérios a seu respeito... Isso por que as pessoas que estavam na mesa não são do tipo que fazem “barraco”.

Tapas nunca mais para todos os integrantes daquela mesa. Não é essa rede de restaurantes e choperias que acabou de fechar uma unidade na cidade? Será por que? Falta de noção, talvez.

3 comentários:

  1. Realmente deprimente... Estive por lá por estes dias e fiquei encantado com a possibilidade de ter a tecnologia aliada ao atendimento, como disse. Doce ilusão. Além dos acionamentos não serem sincronizados com a capacidade de atendimento da equipe, existe sim um excesso de zelo que beira a cafonice. Bom post. Um abraço, Luiz Prata

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Só excluí acima porque errei. Me desculpe.

    Garçons gracistas ou mal-humorados e desqualificados. Tem de sobra. Outra coisa: os bares e restaurantes de BH, de um bom tempo pra cá, resolveram contratar garçons universitários. O pré-requisito parece ser este, além da tal "boa aparência". E, então, ficamos sem aquele garçom ágil, eficiente, que parece que nasceu pra ser garçom. Ou que pelo menos gosta do que faz. E somos obrigados a engolir garotões com cara de "de ja vu", que nem olham na sua cara, não prestam atenção no seu pedido, acham que você é obrigada a compreender o cardápio sozinha e que somem até você se cansar e pedir a conta (que também não vem).
    Besos para você.

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